Banda boa de um disco só : Cinderella

Sim, mais uma banda das antigas com o mesmo nome de outra que fez sucesso anos depois. Assim como Iron Maiden, Bush e tantas outras, agora é a vez do Cinderella, grupo formado em 1970 na Dinamarca. Diferente (e bota diferente nisso) do som hard rock farofa da banda americana liderada pelo cabeludo Tom Keifer , a música feita por este power trio  mistura-se com o hard rock da época (um pouco mais pesado), com toques do rockabilly e elementos do blues rock e psicodelia, resultando num som bem ácido. Doidera pura! Não a toa as influências dos caras iam de  Rory Gallager, Hendrix e Cream até Zeppelin e Doors.  O instrumental é  bem rico, com grande destaque à guitarra crua de Henning Kragh Pedersen, responsável também pelo belo vocal e uma cozinha bem suingada feita primorosamente pelo batera Allan Vokstrup e pelo baixista Søren Hilligsøe.



Um detalhe que não escapa aos olhos dos mais atentos é o “Progressive Rock” estampado na capa do único álbum lançado pelos caras em 1970. De progressivo o som deles não tem nada.

Das sete faixas do disco eu destaco a extraordinária Break Song, Parchman Farm, (uma espécie de rockabilly psicodélico) e Fire, cover muitíssimo bem feito de um dos clássicos de Jimi Hendrix.





Em 2006 a gravadora Karma Music lançou uma espécie de compilação, contendo as faixas originais de 1970 e outras gravadas ao vivo. Registro interessantíssimo que também vale a pena conferir.

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