Van Halen: Top 10 da 'Era Hagar'

Carlos H. Silva

Há cerca de 10 anos, em novembro de 2004, o Van Halen encerrava sua última (até o momento?) turnê com Sammy Hagar nos vocais, a fase da banda mais conhecida como “Van Hagar”.

Voltando mais no tempo, após desavenças profissionais e pessoais chegou ao fim, em 1985, a primeira era de Dave Lee Roth no vocal do Van Halen. Após uma indicação de seu mecânico (e essa história tanto Eddie quanto Sammy confirmam), Eddie liga para Sammy e o convida para uma jam. O resto é história. Sai um vocalista com uma presença de palco inimitável, entra outro com uma carreira solo de mais de 10 anos já consolidade e que até "ousava" dividir guitarras com Eddie ao vivo.



Sammy foi vocalista da banda durante mais de 10 anos entre 1985 e 1996, após isso – e aí vai depender de qual versão você acreditar – ele se demitiu ou foi demitido da banda, cedendo o posto para Gary Cherone.

Depois de um disco mal sucedido e uma turnê com Cherone, o Van Halen deu um tempo em 2000, e quatro anos mais tarde surgiu a notícia que Hagar voltaria. A reunião não rendeu nenhum trabalho de inéditas, apenas três canções novas na coletânea The Best of Both Worlds - a única que merece destaque é It's About Time.

Hagar declarou recentemente que acredita que “em algum momento alguém vai querer ouvir a banda original tocando canções como ‘Dreams’, ‘Right Now’ e ‘When It’s Love’”, e insistentemente declara que ama seus ex-companheiros de banda e até que anseia por ouvir um novo disco deles com Dave Lee Roth nos vocais, o vocalista que Sammy substituiu em 1985, e que está de volta à banda desde 2007.

Se um dia Hagar volta ou não, não sabemos. Mas segue abaixo as 10 melhores faixas do Van Halen na fase ‘Van Hagar’!


Dreams
Reza a lenda que Dreams foi a última faixa a entrar em 5150 após o produtor Mick Jones pedir a Sammy mais uma faixa. O resultado foi esse AOR guiado pelos teclados; empolgante e com uma das melhores interpretações do vocalista. Veja uma excepcional versão ao vivo:



When It’s Love
Talvez a característica que mais marque a fase Van Hagar é o uso dos teclados, quase que dividindo espaço com as traquinagens de Eddie Van Halen na guitarra. O guitarrista pegou “amor” pelos teclados ainda na fase com Roth nos vocais (Jump!), e aumentou isso com Sammy, já que sua voz tem um maior alcance e permitia a Eddie “viagens” maiores naquele instrumento. Em When It’s Love isso é claramente mostrado.



Runaround
Já em 1991, procurando afastar um pouco a “tecladeira” do som da banda e buscando algo mais “Led Zeppeliano”, o Van Halen soltou For Unlawful Carnal Knowledge, um de seus melhores trabalhos. Um riff cativante e um refrão melódico fazem desta uma das tops do Van Hagar.




Humans Being
Apesar de ter sido composta em um momento conturbado da banda – Sammy já estava com um pé fora -, Humans Being tem ótimos riffs, licks, solos e melodias; as estrofes mais “duras” contrapõem diretamente com o refrão melódico. A canção foi trilha do sucesso do cinema Twister e foi executada ao vivo até mesmo na fase com Gary Cherone nos vocais.




Judgement Day
Rápida, certeira, pesada e melódica. Inicia com um riff lento e se transforma uma pancada com um refrão instigante.



5150
A canção que deu nome ao primeiro álbum com Sammy (ou o estúdio que deu nome ao disco e à canção) já mostrava bem as diferenças do então novo Van Halen para o velho Van Halen. Os riffs estavam lá, a batera forte também, os vocais de apoio, mas já havia um “algo mais”; com quase 6 minutos de duração, as belas frases melódicas e o alcance vocal de Sammy Hagar eram um show à parte.



Top of the World
O riff inicial parece ter sido tirado diretamente daqueles segundos finais do clássico Jump. Festeira, “pra cima”, Top of the World já encerrou muito show da banda com sua melodia contagiante...


Big Fat Money
Essa faixa não foi sucesso comercial e nem é tão lembrada pelos fãs, mas está entre as melhores dessa fase porque mostra que a entrada de Sammy Hagar no Van Halen não serviu somente para abrir novos horizontes com mais teclados, mais melodias e canções mais trabalhadas, mas mostrou também que o “velho” Van Halen ainda se fazia presente. Com riffs pesados, rápidos, fagulhentos, bateria rápida com trabalho de dois bumbos e os marcantes backing vocals de Michael Anthony fazem com que esta canção pudesse ser confundida com alguma da fase com David Lee Roth.




Cabo Wabo
Sammy escreveu essa “ode” a um bêbado pelas praias de Cabo San Lucas, Mexico. Mais tarde virou até nome do bar do vocalista, em sociedade com os irmãos Van Halen. As pendengas financeiras do bar rendeu briga entre as partes e na turnê de reunião em 2004 Sammy foi proibido de usar qualquer roupa com a logomarca de seu bar – e obviamente a canção não foi tocada. Seu riff lento e melódico dita o tom da canção, que ainda tem um show de backing vocal de Michael Anthony.





Right Now
Há relatos que Eddie Van Halen trabalhava na melodia de piano desta canção desde 1983, ainda com Lee Roth na banda, mas guardou na gaveta naquele momento e só conseguiu reaproveitar quase 10 anos depois já com um vocalista com o alcance que a canção pede. Seu ritmo intrincado e o tom emocional que Sammy impõe são excepcionais.





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