Death From Above 1979, a dupla mais insana do Drum ‘n’ Bass.

Por João C. Martins

A fim de mostrar um lado um pouco mais eclético desse figura que vos fala, decidi, isso já há alguns posts não falar apenas do Stoner raiz, apesar da preferência incondicional pelo estilo, pois odeio parecer alguém chato que só fala dos mesmos assuntos, e em feedbacks (odeio essa palavra também) particulares, optei por fazer uma coisa mais descontraída nessa humilde e singela caverna, falando de toda a porqueira que eu gosto, afinal de contas assim como gosto do gênero que foi o mais falado, gosto também de muitas outras coisas malucas por aí.

Hoje, sem vergonha alguma na cara, irei lhe apresentar, se é que já não conhece, o meu lado mais hipster – grande mentira o que estou dizendo, pois o meu lado MAIS hipster eu nunca terei coragem de mostrar – com uma banda relativamente desconhecida, mas muito bem falada pelos poucos que já falaram a respeito. Tem uma veia muito singular, já que diferentemente da grande maioria, é um conjunto de Drum ‘n’ Bass, que nada mais é que a tradução literal dos verbetes. Claro que contam com alguns elementos eletrônicos, mas essencialmente falando, são apenas dois músicos que tocam apenas dois instrumentos. O nome da banda é, Death From Above 1979 e o disco que vamos falar é um dos mais famosos da dupla, You’re a Woman, I’m a Machine.

Death-From-Above-1979

Do lado esquerdo Jesse F. Keeler (Baixo e sintetizador) e Sebastian Grainger (Bateria e vocais).

São uma dupla canadense, e embora alguns consigam encontrar algo de Stoner neles, definitivamente eu não consigo, gosto deles, mas só como amigos e não como Stoner. Ah! E essa é a capa do álbum.

A ideia dos rapazes é bem legal, nada muito inovador, mas bem legal. O som que fazem tem uma pegada muito mais dançante, mas com o peso de quem gosta de Rock. Outro ponto, que considero um dos pontos altos da banda, é o fato de que sempre foram essa dupla, nunca houve mudanças, ex-integrantes, ou algo parecido, e olha que estão na ativa desde 2001, contudo tiveram um hiato de cinco anos, quando pararam em 2006, pouco depois do lançamento de seu segundo full lenght chamado, Romance Bloody Romance, tendo assim, retornado apenas em 2011, sem nada de novo até então deixe-se claro, mas com apresentações ao vivo outra vez.

Retomando ao disco que teremos como tema, ele foi o primeiro compacto lançado pelos caras, tendo ele canções que já eram conhecidas dos que os conheciam desde os singles e EPs, uma dentre as mais pedidas dos rapazes é a irreverente Romantic Rights, que parece ser o hino no álbum, já que tem em sua introdução um riff que emula uma máquina e suas engrenagens, associando, inevitavelmente, assim ao título da obra completa. Você poderá ouvir a faixa logo abaixo.

Death From Above 1979 – Romantic Rights

 

Percebe-se agora, não apenas pela sonoridade, mas também pelo jeito dos moços, que o foco deles está, definitivamente, na música eletrônica, e com certeza fazem isso muito bem.

Eles já demonstravam que não era só mais do mesmo desde o lançamento de seu primeiro EPs intitulado Heads Up! Já tinha ali um instrumental altamente grave e forte, que posso até dizer que soando como Stoner, lançando somente dois anos depois o seu primeiro álbum de estúdio, que é o que estamos falando agora. Outra canção que gosto bastante nesse disco é Black History Month, já que é de uma característica bem mais soturna que as demais, confere aí!

Death From Above 1979 – Black History Month

 

Como dito, até o momento não planejam explicitamente o lançamento de nada novo, ainda se valem muito daquilo que já fizeram, entretanto estão novamente na ativa e não é uma possibilidade que possamos descartar.

Observações:

- Pessoas disseram que Jesse, baixista da banda, se juntaria ao Queens of the Stone Age para a gravação do álbum Era Vulgaris, muito embora não tenha nada a respeito disso tenha se confirmado;

- O mesmo Jesse tem um projeto eletrônico, muito conhecido, chamado MSTRKRFT que também é uma dupla, vale a pena dar uma conferida, pois é um ótimo trabalho;

- O disco sobre o qual conversamos, contém faixas bônus, sendo elas performances ao vivo, algumas que ainda eram desconhecidas, Remix e uma versão do próprio Masterkraft, projeto de Jesse citado acima, para a faixa Little Girl.

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