O desconhecido Doom Metal de Ice Dragon.

Orgulhosamente tenho a honra de apresentar mais uma... CAVERNA DE JOHN!

A história de hoje será sobre uma banda, um pouco distanciada, das que estamos habituados a ver por aqui, não que nunca tenhamos visto uma alguma parecida, contudo nosso tema principal aqui é Stoner, e essa que será o destaque leva o nome de Doom.
Para aqueles que ainda não conhecem, Doom Metal, é, como o nome já diz, uma variante do Heavy Metal, que assim como o Stoner, fez-se um grande gênero para aqueles que gostam, e uma grande incógnita para quem não tem muita vontade de conhecer coisas novas.
O que diferencia Doom e Stoner, é basicamente a métrica dos sons, pois ambos são sujos, agressivos, de letras relativamente descontraídas ou psicodélicas, porém enquanto os caras do Desert Rock (Stoner) fazem, na maioria das vezes, em ritmo acelerado, os do Doom seguem uma pegada mais compassada, abusando de trítonos, e um tiquinho assim mais soturna. É claro que algumas canções de uma banda conhecida por ser de um dos estilos pode se confundir com outro, e vice versa, mas essencialmente falando é isso que os diferencia.
O assunto de hoje será sobre um trio americano, precisamente, de Massachusetts, que é um dos melhores nessa vertente. Ressalva para o fato de que o disco que será abordado contou com quatro integrantes. De sonoridade densa, enredos fantasiosos e assustadores, inspiradíssimos em Black Sabbath, o espaço é concedido a ICE DRAGON!

O lineup ficou assim, nesse disco: Ryan (Bateria), Joe (Baixo) Ron (Vocal e sintetizadores) e Carter (Guitarra). Da esquerda para a direita.
O álbum que iremos falar será o segundo da, e quem sabe o melhor, chamado, The Burl The Earth The Aether (2010).



Depois de terem lançado seu primeiro compacto, em 2007 o autointitulado Ice Dragon, permaneceram parados durante três anos, até lançarem esse excelente disco. Ele é extremamente bem trabalhado, apesar de poder soar como se as faixas fossem parecidas, a qualidade dos músicos nele é incontestável. A canção número 1 nesse compilado já é de chamar a atenção, muito mais pelo vocal rasgado do Ron e, também, pela sonoridade completamente peculiar dos instrumentos, o nome é Squares Inside Squares.





Evidentemente têm uma grande influência de um dos maiores clássicos do Doom, que é Sleep - você pode ler mais sobre essa banda clicando aqui.

O Doom Metal, pode ser tido como algo cansativo de se ouvir, quando não se está acostumado com a sonoridade, que, de fato, carrega um estilo hipnótico em seus riffs, quase sempre sendo muito grave. Outra característica do gênero é a extensão das músicas, que quase que de forma unânime, tendem a ultrapassar a casa dos cinco minutos, para reforçar essa questão hipnótica que moldou a cara desse som. Hexagon Riders é outra dentro desse compacto que merece atenção especial, devido a sua dinâmica.


Como pôde notar esse é um videoclipe oficial da canção, e que a fim de realçar essa veia obscura dos rapazes, ele permanece, quase, o tempo todo com a imagem desfocada e totalmente em preto e branco. 

De todas as minhas audições desse full lenght, a que mais me chamou a atenção foi Alucard, não por qualquer envolvimento que possa haver com vampiros, pois nem sou muito fã dessas crenças, mas sim pela sonoridade, que me prendeu e ainda prende todas as vezes que escuto, porém como ela tem uma conexão com sua antecessora e sua sucessora, aconselho, caso queira, que escute o play do início ao fim, para ver como estão conectadas.



Tracklist: 

1. Squares Inside Squares
2. Spellpouch 
3. Meddoe 
4. Hexagon Riders 
5. The Watcher 
6. Alucard 
7. Winged Prophet
8. Aquageddon 

Observações:

- No citado primeiro álbum da banda somente Ron e Carter gravaram;

- O baterista Ryan não faz mais parte da banda. Ron atualmente assumiu os tambores e continua nos vocais;

- Ron toca um instrumento muito excêntrico, chamado Theremin. Ele da um aspecto ainda mais sombrio à banda.

Comentários