Lista: 15 discos sem sentido

Fala, galera!
Na lista desta semana resolvemos escolher alguns discos que são verdadeiras "mancadas" na discografia de algumas grandes bandas.

O termo "mancada" usado aqui é altamente relativo, assim como tudo que envolve música, listas e gostos pessoais... uma pessoa pode ler esta lista e dizer que ama todos os discos nela, outra pode ler e concordar que os 15 são ruins. Alguns gostam de uns e outros não. Entre nós mesmo, da equipe do blog, tenho certeza que gostamos de pelo menos um ou dois discos que estão nesta lista.

Porém, o que vale destacar aqui é que nunca faremos uma lista baseada em "número de vendas" ou vamos dizer que o disco é ruim porque vendeu pouco e bom porque foi um estouro mundial.

O que vale é a opinião de cada um de nós, como toda lista deve ser.

Vamos à ela!


Queen - Hot Space (1982)


É difícil entender como uma das maiores e melhores bandas de todos os tempos conseguiu a proeza de fazer um dos piores álbuns da história. Talvez o que salve Hot Space do total fracasso seja a única faixa realmente interessante do disco, Under Pressure com a participação lendária de David Bowie. E só. O restante do disco beira a new wave que acendia àquela época, característica que não combina nem um pouco com o Rock and Roll tradicional em sua mais pura essência que o Queen sempre fez. Talvez seja por isso que ao meu ver o disco seja ruim: ele foge do que a banda havia feito (brilhantemente) nos trabalhos anteriores. (Rose Gomes)


Black Sabbath – Forbidden (1995)


Tirando alguns riffs de Guilty as Hell e The Illusion of Power, nem Tony Iommi conseguiu salvar   Forbidden de ser o pior trabalho do Black Sabbath – e perdurava como último de estúdio do Sabbath até o titânico 13 ter sido lançado em 2013. A formação da banda era ótima, uma das melhores que o Sabbath já teve, com Tony Martin no vocal, Neil Murray (baixo) e Cozy Powell (bateria) na cozinha e o brother de sempre Geoff Nicholls nos teclados. Infelizmente a despedida desta formação não foi com um grande disco, e sim um ponto fraco na discografia da banda. (Carlos H. Silva)

The Who - It's Hard (1982)


Quando escolheram esse nome para o disco, provavelmente é porque já sabiam que seria difícil, difícil de ouvir do início ao fim. Quem se acostumou com a pegada de Moonie na bateria, dificilmente aceitaria todo aquele aparato que arranjaram para substitui-lo. Quando escolhi esse para lista fiquei na dúvida entre ele e seu antecessor, Face Dances, contudo acabei optando por esse pelo simples fato de ter sido o segundo erro consecutivo. Eminece Front é a que se salva.  (João C. Martins)

Bon Jovi - What About Now (2013)


O Bon Jovi já foi uma banda de hard rock, e das boas, mas parece ter deixado toda aquela empolgação em 1995, no último álbum que realmente vale a pena, o These Days. Desde lá uma sucessão de álbuns pop rock cueca têm sido lançados por Jon & Cia e este mais recente é um verdadeiro show de horrores. What About Now traz uma pegada pobre e  pop, com uma batidinha que ao meu ver tenta se aproximar do estilo indie, mas sem sucesso. Fica humanamente difícil escolher entre todas as fraquíssimas 12 faixas qual a pior. E se não bastasse a banda fez um show triste no Rock in Rio 2013 tentando nos empurrar goela abaixo essas torturas musicais. Desgraça pouca é bobagem! (Rose Gomes)

Aerosmith – Just Push Play (2001)


Um álbum completamente ruim. Absolutamente nenhuma canção se salva. Não dá nem para escrever mais de duas linhas sobre porque isso já diz tudo. J-J-J-J-Jaded te lembra algo? (Carlos H. Silva)


Paralamas do Sucesso - Severino (1994)


Confesso que escrever algo de ruim a respeito deles não foi tarefa das mais fáceis, pois não gosto de falar mal de grandes clássicos do Rock, podo muito as palavras, e com Severino não será diferente. Realmente não sei, nem imagino o que se passou na cabeça dos caras, o disco não tem muito pé nem cabeça. Não chega a ser horrível! Mas navega bem longe de ser bom. Eu gosto de Não me estrague o dia. (João C. Martins)



Titãs – Titanomaquia (1993)


Este é mais um daqueles típicos casos em que o empresário acha que pode mudar o estilo da banda para acompanhar o que está em evidência, claro, apenas pensando no retorno financeiro. Este é o meu ponto de vista sobre Titanomaquia, álbum forçadíssimo que o Titãs gravou em meio a grande onda do momento, o grunge que invadia as telas da MTV e as “rádios rock” da vida. Os caras recrutaram até Jack Endino, que já havia trabalhado com o Nirvana, para produzir o álbum e deixa-lo mais... pesado?! E pra quê? E de pensar que  a banda que já havia lançado o incrível Cabeça Dinossauro... É realmente uma judiação sonora pensar neste disco de 1993. (Rose Gomes)

Kiss – Carnival of Souls (1997)


O último disco do Kiss sem máscara e antes da reunião com a formação original. Altamente inspirado pelo grunge dos anos 90, nem dá para acreditar que estamos ouvindo Kiss. Chatão do início ao fim – ou quase fim, a última canção, I Walk Alone, se salva e tem os vocais de Bruce Kulick pela primeira e última vez na banda. Um álbum completamente sem sentido na discografia festeira do Kiss. (Carlos H. Silva)

Strokes - Angles (2011)


Quem conhece o trampo deles, sabe que já fizeram coisa boa, podem não ter sido um clássico do mundo da música, mas foram tidos como uma nova boa banda. Lançaram três excelentes álbuns nos anos de 2001, 2003 e 2006, ficaram fora do ar até 2011, e ao voltar... BOOM! O pior disco deles, do ano, da história. Talvez Machu Picchu, Undercover of Darkness e Call me back, sejam as com possibilidade de audição. (João C. Martins)

Guns N´Roses - Chinese Democracy (2008)


Eu classificaria este disco do Guns como um dos maiores micos que o rock já produziu. A começar pela enrolação até o mesmo ser lançado. Se não me engano foram mais ou menos, assim, por alto, uns 12 anos de “promessas” por parte do matusquela Axl Rose. A banda já não era a mesma e havia perdido grandes músicos como o guitarrista Slash, verdadeira “alma” da banda. O Guns teria que trabalhar duro pra criar algo que realmente fizesse a banda voltar a ser o estouro que era na década de 80. Mas parece que eles não conseguiram. Chinese Democracy até teve bom desempenho comercial, mas musicalmente deixa e muito a desejar. (Rose Gomes)

Pink Floyd – The Final Cut (1983)


O álbum solo de Roger Waters que saiu com o nome do Pink Floyd e os caras da banda como músicos de apoio. Curiosamente a única canção que se salva é Not Now John, a única com vocais de David Gilmour. O restante não rola. (Carlos H. Silva)

The Hellacopters - Rock & Roll Is Dead (2005)


Pode ser que você se pergunte: "Tá, mas quem é Hellacopters? O que eles já lançaram de bom?" E realmente, no mesmo ritmo dos Strokes, não são nenhum clássico consagrado de coisa alguma, mas vinham fazendo um bom trabalho, haviam lançado um ótimo disco, com vários hits, o By the Grace of God (2002), mas o porquê de depois de tanta boa expectativa, decidiram jogar tudo no lixo, eu nunca poderei lhe responder. O disco é tão sem sentido, que depois disso só lançaram um único álbum, e somente covers. (João C. Martins)

Van Halen – Van Halen III (1998)


Quando ouço os primeiros acordes de Without You tenho realmente a sensação de que estou ouvindo Van Halen, porém ao invés da doce voz rouca de Sammy Hagar ou até mesmo os vocais marotos de David Lee Roth, o que temos? Gary Cherone, isso mesmo, o vocalista da banda Extreme, aquela do hit enjoado More Than Words. Não que eu não goste do Extreme ou do Gary, gosto da banda, que aliás tem uns sons ótimos, mas como diz minha tia “não ornou”. Instrumentalmente (principalmente na guitarra) o álbum não consegue ser ruim, mas é de longe um dos piores que uma banda de nível como o Van Halen já produziu. (Rose Gomes)


Iron Maiden – Fear of the Dark (1992)


Ok, a faixa-título é legal (apesar de já ter enjoado ouvir no cd, no mp3 ou no rádio, ao vivo em um show do Maiden continua um dos pontos altos), Be Quick or Be Dead Afraid to Shoot Strangers são legais também, mas o resto não me agrada. “ah, mas e os discos com o Blaze?”, consigo achar motivos o suficiente para que os dois álbuns com Blaze sejam melhores do que Fear of the Dark no meu gosto. Simplesmente não “entendo” este álbum em meio à discografia da banda, é o único que não consigo ouvir de cabo a rabo - sem contar que a chata Wasting Love, pior canção do Maiden, é deste disco. (Carlos H. Silva)



Kings of Leon - Only by the Night (2008)



Haverá quem diga: "Ah! Mas lá vem ele de novo com essas bandas chatas..." E assim como os Strokes e os Hellacopters, KOL nunca foi nenhum clássico, consagrado e consolidado do Rock, mas eu gostava deles, achava que poderiam fazer algo maior, mas preferiram se vender ao mainstream, e mainstream não combina com música boa. Only by the Night é o que os propagou para o mundo, com faixas como Use somebody, Sexy on fire, Closer... porém para aqueles que gostavam da caipiragem que eles faziam em powerchords, foi uma ofensa o que veio a partir desse disco. (João C. Martins)

Comentários

  1. Realmente, discos que são pontos fracos na discografia de suas bandas. Só discordo do Titanomaquia. Acho ele um dos melhores discos já feitos pelos Titãs, com ótimos sons como Dinseylândia, Será Que É Isso Que Eu Necessito, Nem Sempre Se Pode Ser Deus, Estados Alterados da Mente, Fazer O Quê, só pra citar os melhores. Mas claro, cada um tem a sua opinião.

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