Rock anos 70: equipe do blog lista 15 discos especiais

Mais uma lista da semana aqui no TRMB!!! Desta vez dedicada ao rock feito nos anos 70 - tentamos não incluir nada de hard rock, heavy metal ou rock progressivo - estilos que merecem listas só para eles, mas isso foi tarefa difícil para os 3 membros da equipe como vocês podem ver abaixo... mas vamos tentar outras vezes!

Nesta semana - e talvez somente nesta semana - nosso top não será elaborado de 1 a 5 e depois os outros 10. Devido a problemas técnicos mostraremos os 15 álbuns selecionados pela equipe do blog e na semana que vem voltamos com a lista nos moldes antigos!!


--->>> Rock feito nos anos 70: 15 discos especiais



“Dire Straits” – Dire Straits (1978)


Mark Knopfler é o meu guitarrista predileto e apesar dos Straits terem vendido milhões e milhões de álbuns, ainda penso que são subestimados de uma forma geral. E o debut dos caras é sensacional, além do hino Sultans of Swing, que conta com todo o feeling de Knopfler nos conhecidos solos – assim como também é conhecido seu jeito único de tocar sem palhetas -, tem ainda a animada Down to the Waterline, as intimistas Lions e Wild West End, além do flerte com o country em Setting Me Up. Um registro imperdível de rock e um disco essencial para quem gosta de ouvir guitarristas acima da média. (Carlos H. Silva)





"Breakfast in America" – Supertramp (1979)


Fica difícil escolher entre todos os trabalhos do Supertramp (especialmente os da década de 70), um que seja referência, pois a qualidade dos músicos deste grupo é simplesmente brilhante. Escolhi Breakfast in America por ele reunir alguns dos maiores clássicos da banda e por conter um alto nível de qualidade instrumental. Do início ao fim o disco mostra com clareza a genialidade musical dos caras, que em faixas como a antológica The Logical Song e Take the Long Way Home com uma gaita única, trazem toda a sintonia e vibração típica das grandes bandas.
O destaque deste incrível álbum fica com as maravilhosas Goodbye Stranger, que traz  um trabalho instrumental comovente, a faixa-título, Breakfast in America, que tem uma das melhores interpretações de Roger Hodgson e Child of Vision, um verdadeiro espetáculo à parte. (Rose Gomes)



"Who's Next" - The Who (1971)


Evidentemente esse seria meu primeiro nessa lista dos 70s, já que ele iniciou a década de forma devastadora, afinal é um álbum que contém somente os grandiosos hits da banda como Baba O'Riley (Teenage Wasteland), Behind Blue Eyes e Won't Get Fooled Again. Contudo não é apenas por um bando de sons de FM que eles estão aqui, mas sim porque esse é um dos discos mais Rock 'n' Rolls da história! Otimamente bem produzido e ainda sob o viés de que foi que um "catado" de canções cujo as quais não tiveram "espaço" em álbuns anteriores, parece piada né? Eu chamo a atenção para outras três faixas nesse trabalho, que são: Love Ain't for Keeping que conta com umas dedilhadas lindas, My Wife que é interpretada pelo mestre John Entwistle e a que é uma das mais Heavy em toda a vida deles, Bargain(João C. Martins)






"E Pluribus Funk" - Grand Funk Railroad (1971)


O Grand Funk Railroad figura entre as bandas do chamado Classic Rock por um simples e definitivo motivo: é uma senhora banda. Dos caras já citei o On Time de 1969 na lista de discos dos anos 60 e volto a cita-los nesta, pois este é simplesmente um dos melhores discos da banda e da década. Traz o baixo marcadão do ilustríssimo Mel Schacher em conjunto com a batera de Don Brewer numa cozinha que é a pura perfeição. Também não posso deixar de citar o vocal forte de Mark Farner, eterno vocalista do Grand Funk.

Esta belezinha de álbum traz as preciosidades Footstompin' Music, People, Let's Stop the War, I Come Tumblin' e a obra-prima de qualidade ímpar, Loneliness(Rose Gomes)




"The Nerves" - The Nerves (1976)


Ele é na verdade um EP, mas que não poderia ficar de fora de forma alguma. Se eu ainda sonho em ter uma banda deve-se isso muito a esses caras. Tidos pelo nome de "Power Pop" acabaram não sendo tão Pops assim como o fardo que carregam, contudo suas canções sempre dançantes faziam e ainda fazem a alegria de muitos fãs de boa música. Seu período de atividade foi curto mas Jack, Peter e Paul colocaram nas bocas de todos o grande sucesso Don't Leave Hanging on the Telephone, embora muito mais conhecido na versão da banda Blondie. Atenção redobrada para as faixas Working Too Hard e a excelente When You Find Out(João C. Martins)




“Over-Nite Sensation” – Frank Zappa (1973)


Depois de uma batalha comigo mesmo, escolhi Over-Nite Sensation (1973) sobre One Size Fits All (1975), ambos entre meus álbuns favoritos do Zappa. Tudo aqui é genial e classudo. Da abertura com a provocativa Camarillo Brillo, com seus solos de guitarra e viradas de bateria geniais, até o encerramento com típica Zappiana Montana, uma aula de musicalidade, com aquela mistura de rock e jazz que só o velho bigodudo sabia fazer. I’m the Slime tem um solo de arrepiar e o refrão de Dirty Love é empolgante. Os clássicos Zoomby Woof  e Dinah-Moe Humm também são deste disco. (Carlos H. Silva)




"Aladdin Sane" - David Bowie (1973)


Como eu já havia escrito por aqui mesmo, este é simplesmente um dos álbuns mais lendários da história, que traz uma mistura de influências que vão desde as guerras mundiais e o holocausto, passando pelo livro "Vile Bodies" de Evelyn Waugh, e pelo aspecto glam rocker dos músicos da época. Aladdin Sane apresenta além da capa antológica, grandes  faixas como  Watch That Man que mostra clara influência de Stones; Aladdin Sane que tem em seu título um trocadilho com a frase "A lad insane", um rapaz insano; Cracked Actor, com letra pesada, belos riffs, gaita poderosa e viradas engenhosas na bateria, e ainda a poética e performática Time com belo piano como personagem principal que em dueto com a intensa interpretação de Bowie traz uma sensação quase teatral. Vale destacar  também o incrível trabalho dos músicos envolvidos e o excelente backing vocal de Linda Lewis, que ajudaram a dar a identidade certa para o álbum, que é uma verdadeira referência musical. (Rose Gomes)




"Distant Light" - The Hollies (1971)


É incontestavelmente perceptível que essa era setentista influenciou muito do Heavy Metal, mas que bebeu incontidas horas nos rios dos Classics, Folks, Mods et cetera e que apesar de estar entre esses é outro estilo, é de uma característica única. Com certeza você já ouviu a mais famosa deles The Air That I Need, embora não faça parte desse disco que estou falando, mas só para ter uma noção do que eles fizeram. A recomendação nesse play fica por conta do hit Long Cool Woman in a Black Dress(João C. Martins)





“Sticky Fingers” – The Rolling Stones (1971)


Uma das maiores obras do rock, não só setentista, é Sticky Fingers (1971) dos Stones. Quem não conhece Brown Sugar? E como não se deliciar com Sway, com aquelas maravilhas de guitarras escorregadias, tocadas com um quê de desleixo e outro de puro sentimento. A balada Wild Horses é linda e uma das canções mais famosas da maior banda de rock n’ roll do mundo. Can’t You Hear Me Knocking? É outro momento de genialidade do sisudo guitarrista Keith Richards. Indispensável quando se trata de rock de qualquer época ou estilo. A única banda que tem o rock e o roll. (Carlos H. Silva)






"Machine Head" - Deep Purple (1972)


Pensar na década de 70 sem mencionar o Purple é praticamente uma blasfêmia musical, ainda mais se formos pensar neste que é um dos grandes discos da banda. Além de conter os classicassos já manjados Highway Star e Smoke on the Water, Machine Head traz um festival de sonoridade, riffs magnânimos e alta potência nas viradas de batera.
Vale destacar com honra merecida a magistral Lazy, executada de maneira extraordinária pelos excepcionais Ritchie Blackmore na guitarra e Jon Lord nos teclados e Space Truckin´que além das já mencionadas viradas do capeta de Ian Paice em sua batera envenenada, ainda traz interpretação única e intensa de Ian Gillan. Discaço. (Rose Gomes)




"Never Say Die!" - Black Sabbath (1978)


Me desculpem amigos de trabalho, mas apesar de não poder ter Heavy nem Hard nessa lista, Never Say Die! do Sabbath não poderia ficar de fora, muito pelo fato dele não ter essa cara malvada que lhes era corriqueira. É um disco totalmente festeiro, o último que contou com a formação original e que traz canções como Johnny Blade, Junior's Eyes, Swinging the Chain e é claro a faixa título do compacto Never Say Die(João C. Martins)








“A Day at the Races” – Queen (1976)



Ao montar meu TOP 5 tentei deixar de fora qualquer banda de heavy metal, hard rock ou rock progressivo, pois acho que esses estilos devam ter listas únicas; e o grande dilema com o Queen é: a banda se encaixa em todos esses gêneros, principalmente quando falamos da fase setentista. Mas o Queen acabou tornando-se um gigante da música, do rock, maior do que gênero, então achei justo colocar aqui o meu disco favorito do quarteto liderado por Freddie Mercury e Brian May. Adoro a rocker Tie Your Mother Down, a teatral Good Old Fashioned Lover Boy e a épica Somebody to Love. The Millionaire Waltz é incrível e resume bem o que eu escrevi sobre a banda nas primeiras linhas (assim como a clássica Bohemian Rhapsody, que não está neste trabalho). Não tem música ruim aqui. E que talento esses caras tinham! (Carlos H. Silva)


Um dos discos mais sensíveis da banda, tanto nas letras como no instrumental. Traz grandes faixas como Tie Your Mother Down com a profissional sincronia da banda (marca registrada dos caras) e um solo mítico do competente Brian May; You Take My Breath Away, uma das mais lindas músicas já feitas e Long Away que traz o guitarrista Brian May assumindo os vocais. Não posso deixar de destacar ainda a presença da clássica Somebody to Love (que executada no toca-discos traz uma sensação arrepiante!), a marcante Drowse (guitarra e baixo excepcionais) e a belíssima Teo Torriatte (Let Us Cling Together) que traz a magnífica interpretação de Freddie Mercury cantando dois refrões da canção inteiramente em japonês.
Uma das maiores obras-primas da música. (Rose Gomes)



"Lola Versus Powerman and the Moneygoround, Part One" - The Kinks (1970)


Muitas das bandas que foram famosas nos anos 60 não perderam sua fama na década seguinte, por isso os Kinks voltam a aparecer, agora nessa lista, contudo com uma obra-prima de qualidade excepcional. Aqui parece que deixaram aquela loucura que aparentava ser a única regente de suas músicas. Agora com trabalhos extremamente mais bem desenvolvidos as que ecoaram forte nessa época foram Powerman, Strangers e a lindíssima Lola(João C. Martins)






“Tattoo” – Rory Gallagher (1973)




Que guitarrista incrível! Um dos maiores sons de Stratocaster da história. Um dos discos mais consagrados do irlandês, Tattoo traz aquele rock blueseado que Rory fazia como ninguém e influenciou muita gente de várias gerações. Tattoo’d Lady e A Million Miles Away são só alguns dos destaques de um álbum que ainda tem Cradle Rock, Livin’ Like a Trucker e o Who’s That Coming. O guitarrista ainda gravou as harmônicas, mandolins e saxofones presentes no disco. Um gênio. (Carlos H. Silva)



"Houses of the Holy" - Led Zeppelin (1973)


Como puderam notar, o disco do Queen recebeu dois votos, o que abre espaço para mais um álbum nesta lista; e como meus amigos/parceiros de trabalho colocaram Black Sabbath e Deep Purple, achei por justiça colocar um disco da banda que completa a tríade sagrada do hard rock/heavy metal com elas (viu como não conseguimos escapar desses gêneros na lista?), o Led Zeppelin com Houses of the Holy, o que considero o melhor disco do quarteto liderado por Jimmy Page e Robert Plant, com auxílio mais do que luxuoso do monstro John Paul Jones e do - sem palavras - baterista John Bonham. Da sutileza em forma de pancadaria com The Song Remains the Same até os riffs tipicamente Zeppelianos de The Ocean, os caras passearam por tudo que sempre lhes deram fama, os temas acústicos em The Rain Song, a melancolia de No Quarter, a aproximação com o funk em The Crunge, as pauladas Dancing Days e Over the Hills and Far Away e o pop roqueiro em D'yer Mak'er; talvez tenha faltado só aquele blues carregado sempre presente nos discos do Led... mas como o próprio Jimmy Page sempre diz, o Led Zeppelin já é uma banda de Blues... então... (Carlos H. Silva)

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