Red Fang e seu novíssimo "Whales and Leeches"!

Começa agora mais uma Caverna de John!

Estimado leitor é com muito prazer que hoje essa coluna recebe, novamente, uma banda extremamente importante e que recolocou o Stoner entre os álbuns mais falados do ano. Seus clipes sempre irreverentes, seus jogos embriagantes e suas canções incontestavelmente pesadas. Em nossa pauta o recém nascido Whales and Leeches, RED FANG!


Pelo ritual: Bryan Giles - direita - (Guitarra e Vocal), Aaron Beam (Baixo e Vocal), David Sullivan (Guitarra) John Sherman (Bateria).
Já citei pelo menos uma centena de vezes que Red Fang é, para mim, a maior influência no mundo do Stoner, gosto muito deles de verdade, ainda não se tornaram deuses do gênero por questão de tempo. Não a toa tenho tatuado no braço o símbolo do primeiro álbum dos caras, afinal por conta deles afundei-me nessa subdivisão do Rock e desde então não mais saí. O disco tema dessa semana, como já dito, é novíssimo, acabou de sair do forno sob os olhares de muitos fãs, que já conquistados pelos dois anteriores aguardaram ansiosamente o lançamento oficial da pedrada. O título escolhido não foi surpresa, pois trata-se de uma canção do homônimo álbum da banda lançado no ano de 2009. Traz também outra canção que não causou, ou causou, espanto em muita gente, essa canção é Murder the Mountains coincidentemente o nome do segundo record deles. Desde o início do ano já tinha-se a ciência do lançamento dessa terceira obra-prima, a primeira faixa divulgada havia sido Crows in Swine, que será tocada agora!


Sem dúvida ela causou ótima impressão numa primeira escutada, contém alguns elementos diferentes dos que já foram apresentados, empolgante proporcionou grandes expectativas para o que estaria por vir. Embora seja um compilado muito bem elaborado, existe um porém e esse porém é o fato das canções serem muito similares as anteriores, as dos discos anteriores, e quando se fala de serem parecidas, não são apenas as temáticas, os riffs, os solos et cetera, mas são também as métricas, as passagens, as harmonias... enfim, ele é bem parecido com os dois anteriores, com mais exatidão, uma mescla dos dois primeiros álbuns. Contudo deixe-se claro que é um excelente trabalho, evidentemente bebe nos copos de uma técnica que antes não era conhecida tão profundamente pelos rapazes. Uma das faixas que demonstra isso com certa clareza é o hit divulgador chamado Blood Like Cream, e vale muito a pena ser apreciada.


Se pudesse seria chamada de Pop, definitivamente feita para divulgação. Doen é faixa introdutória que tem um início bem bacana, trazendo elementos que o Kyuss executou e ensinou com grande maestria. 


No meu ponto de vista apesar de tudo correr para o lado contrário, o ápice, o clímax, o ponto forte fica por conta da compassada Every little twist, ela conta com uma marcação contínua pesada, levada pelo baixo sempre grave ao extremo. Sem nenhum problema avaliada como a melhor do disco, entretanto seja particularmente considerada como uma irmã gêmea, se assim pode-se dizer, da violenta Throw up, faixa #5 do aclamado segundo lançamento em estúdio deles do ano de 2011. Vamos ouvir juntos e refletir sobre. Se for besteira ok, mas se não... ok também.

                                                Throw up
                                              Every little twist

As diferenças são perceptíveis, como antes ressaltado, nesse novo a técnica está mais vigente, enquanto Throw up era dura, palhetadas retas (risos), direta, Every little twist tem uma variação no meio do riff, parece ser mais maleável se é que estou sendo claro, mas que essencialmente tem a mesma pegada.

Para resumir a história, a nota para eles foi 8,0. Vão dizer, "Ah seu chato..." ou "Nossa! falou tanta coisa e mesmo assim deu 8 tiete?" E o problema não é nem um nem outro. Como não fugiu muito dos anteriores e os anteriores foram ótimos ele continua sendo ótimo, não teve dois pontos a mais só porque não foi o primeiro. Mas uma coisa é certa, o dia em que eles de fato trabalharem num álbum extremo, que tenha todas as faixas interligadas, quiçá um álbum conceitual, indubitávelmente se tornará a maior banda de Stoner do mundo, e com risco de queimar a língua, não haverá headbanger que deixará de lado esse (futuro) disco em qualquer lista de melhores do que quer que seja. Se precisarem de uma dica, voltem a 2004 e escutem Leviathan, não precisa-se falar de quem, todos sabem.

Escutem o disco na integra


Observações:

  • O nome do disco já é conhecido para quem acompanha a banda, no primeiro álbum de estúdio dos caras havia a canção chamada Whale and Leeches que infelizmente não se encontra nenhum link em lugar algum, contudo clicando aqui você pode ouví-lo completo, ou se preferir ouvir apenas essa faixa adiante até os 29:19;

  • No ano de 2010 lançaram um EP de covers, que diga-se de passagem não foi nada divulgado. Ele é bem legal, tem uma pegada meio Punk, as bandas homenageadas não são de conhecimento da massa, mas mesmo assim merece ser ouvido! Clique aqui e vá para o link;
  • E para quem não sabe a faixa Murder the mountains não foi apenas o nome de uma das canções do terceiro disco deles que coincidiu com o nome do segundo álbum, não jovem leitor, essa já fizera parte de seu primeiro EP Wings of Fangs lançado em 2005 cujo o qual esse som já era conhecido pelo mesmo nome, Red Fang é uma banda de muita intermusicalidade entre eles mesmos.
  •  Se você tiver mais de 18 anos, acesse o site da banda e divirta-se nesse jogo de bebuns! http://beer.redfang.net/
Voltem ao Brasil por favor!

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