Muito prazer, eu sou Fu Manchu!

"Previously on the John's cave..."
(Livre adaptação do seriado Dexter.)

Muito boa quinta-feira, essa é a Caverna de John!
Como sabemos (ou não), gosto dessa coisa de conhecer bandas novas, de procurar, de interagir, de estar apto a outras aventuras, por isso não vamos falar de uma banda com essas características. Quando falo de Stoner, para mim, o importante é falar dos clássicos, porque não é um gênero muito difundido, então é bom começar do começo e, obviamente a de hoje não é diferente. Grande influencia a todos os que curtem o estilo, com certeza influenciada por todas aquelas que já foram citadas como referências - Black Sabbath, Blue Öyster Cult (guardem esse nome), Corrorosion of Conformity e outras. Literalmente King of the road, na estrada desde 1987, Fu-Manchu é a porrada de da semana. 




Naturais de San Clemente, Califórnia o quarteto é formado atualmente por Scott Hill (Guitarra/Vocal), Bob Balch (Guitarra), Brad Davis (Baixo) e Scott Reeder (Bateria), contudo o álbum de hoje tem nos tambores a colaboração especialíssima de Brant Bjork! Isso aí, o mesmo Brant do Kyuss. Então para que acabe logo essa agonia de querer saber de qual deles falaremos, (Godzilla's) Eatin Dust é o tema.



Já citado anteriormente, Fu Manchu é uma das mais influentes em toda a história do Stoner. Qualquer um que diga que curte o gênero, sem sombra nenhuma de dúvida, menciona os caras, isso porque fazem absolutamente o som que é exigido pelo público fanático. Muitas outras bandas da mesma época se deixam confundir como uma mera vertente do Hardcore, outras como Grunge, mas quando se fala de Fu Manchu a parada é diferente, mesmo que nunca tenha ouvido falar de Stoner, há de se dizer  que é algo... Hmmmmm... peculiar. Para quem já está acostumado e conhece outras tão boas quanto poderá dizer, "Ah tio John, é bem similar a Kyuss, Dozer, até mesmo Red Fang!" e com certeza eu direi, Bem lembrado, porém essas são as que entraram, junto de muitas outras, ao Hall dos Clássicos, embora não sejam iguais, fazem esse intersom, se assim posso chamar, outrossim que interagem um com o outro, com a ressalva de que há muita coletividade nesse mundo e várias bandas contam com participações de várias outras.

Scott Hill, a lenda do Fu Manchu.
(Godzilla's) Eatin Dust foi lançado inicialmente em 1997, na verdade um extended play conhecido pelo nome de Godzilla apenas, uma das faixas do disco diga-se de passagem, e oficialmente lançado como Eatin Dust em 1999, para mim um dos fundamentais para conhece-los.
Uma saliência incontestável deles é o peso dado no baixo meio distorcido que acompanhado por riffs extremamente pesados de guitarra, cujo o qual em dadas horas desentoa com alguns agudos e solos esporádicos, sem contar é claro a bateria sempre agressiva. O jeito de cantar de Scott Hill lembra Pepper Keenan do C.O.C., mas com suas características próprias evidentemente. Para iniciar o áudio, Eatin Dust.





Uma coisa meio Black Sabbath em N.I.B., meio dançante e muito legal.
Prosseguindo com o álbum, na sequencia temos a violenta Shift Kicker. O início é uma espécie de microfonia, muito similar ao que já conhecíamos por Iron Monkey. Como na maioria de suas canções, nada de muito extenso em termos de letras, nem muito idealizador. O que tem que ser apreciado mesmo é o barulho, o jeito como é feito, a raiva com que é entoado.




A que se apresenta em seguida é a menos pomposa Orbiter. Pode ser que você não ache o mesmo, porém eu encontro nela muitas faces da faixa A Bit of Finger do debut Sabbathiano. Vale muito a pena conferir.
 


Me lembra muito a música do Sabbath, quando Ozzy cita "I was born without you baby, but my feelings were a little bit too strong..."

O riff de Mongoose


Colocada essa com direito até a um subtítulo, porque se você ouve uma faixa no mínimo umas vinte vezes por dia alguma coisa de boa ela tem e é o caso de Mongoose. O significado do nome é pertinente a um bicho esquisito que viveu ali ao sul da Eurásia... mas Oh! Nossa! A magia de 1984 está no álbum de Fu Manchu! Meu Deus! Uma crítica ao totalitarismo! Não sei, mas se quiser pode encarar assim e gostar um pouco mais dos caras. Embora, o mais importante é o riff, o riff de Mongoose. É uma coisa extremamente simples, feita com a fórmula do rock: Um riff + Um Refrão + Uma Ponte + Um Solo. Contudo extremamente linda, uma Monalisa. Repete-se o riff constantemente durante o hit, porém não nos cança nem um segundo se quer. Listen! 




Depois de tanta hipótese, Mongoose sai de cena e da lugar a explosão de Pigeon Toe, que é difícil encontrar palavras para explicar. Confira.



Para embalar esse CD que é irreprensível mais duas antecedem o grande final que são Module Overload e Living Legend. 

                                             Module Overload



                                                Living Legend

Para finalizar, Godzilla! Que tem uma mensagem extremamente política, falando da destruição que o Godzilla irá causar, do medo das pessoas ao vê-lo, contudo tudo isso não passa de culpa da humanidade pois só é a história se mostrando novamente, a natureza que se manifesta por causa da extravagância do homem, GO! GO! GODZILLA!







O que precede o vídeo foi uma adaptação da letra da música.

Observações:
⦁    A banda iniciou suas atividades em 1987 como Fu Manchu, porém já existia desde 1985 conhecida por Virulence, no qual contava com uma formação diferente. Da época o único remanescente é Scott Hill
⦁    Como dito no tópico anterior, Scott Hill é o senhor Fu Manchu, está desde seu início e com certeza permanecerá até o fim.
⦁    O nome Fu Manchu deriva de um personagem fictício chamado Doutor Fu Manchu criado por Sax Rohmer. É descrito como um Chinês de longos bigodes, perito em artes marciais, mestre do crime e também pertencente a família real chinesa e imortal!
⦁    Nosso querido Josh Homme participou como percurcionista no álbum abordado hoje.
⦁    A última faixa Godzilla, é um cover da banda Blue Öyster Cult. Por isso ela é tão distinta das demais. Clique aqui e ouça a versão original.


Espero que tenha se divertido, até a próxima!

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