Ghost: Il Padre Il Filio Et Lo Spiritus Malum.

Senhoras e senhores,

Gostaria de interceptar suas vidas por alguns minutos, pois hoje a conversa será em torno de uma banda que está em grande evidência atualmente e é considerada um dos fenômenos no mundo do Rock, hoje a coluna tem o prazer de apresentar Ghost.




Integrantes: Papa Emeritus II (Vocal), Nameless Ghouls I (Guitarra-solo), Nameless Ghouls II (Guitarra), Nameless Ghouls III (Baixo), Nameless Ghouls IV (Teclado) e Nameless Ghouls V (Bateria).

Ghost não é nenhuma novidade neste blog. Já houveram outras resenhas e informações a respeito, porém decidi ser este o tema de hoje porque tem tocado com muita frequência na redação.
Suecos, iniciaram suas atividades no ano de 2008 d.C com o single Elizabeth, cujo o qual foi peça fundamental para seu primeiro álbum de estúdio, o canonizado Opus Eponymous no ano de 2010 consequentemente. Indubitavelmente ele reapresentou ao mundo da arte, nesse caso a música, algo que há tempos deixara de ser uma característica das bandas, a entrega à sua temática.



Essa afirmação dá-se pelo fato não de apenas criarem dois discos, nos quais falavam de assuntos religiosos, sem deixar fugir em nenhum instante essa vertente, mas também porque não deixaram de se apresentar da forma que foram propagados ao mundo, com rituais, caracterizações, dramatizações et cetera. Isso evidentemente não é o que mais deve influenciar o gosto do ouvinte, embora seja incontestável que suas canções têm excelente técnica, com uma mescla de Rock clássico com Heavy Metal. O que está sendo posto em pauta é o diferencial, o adendo, o acréscimo, ou seja, além de serem ótimos músicos também são grandes encenadores tendo em seus shows amostras de obras Renascentistas, para assim retomar ao contexto religioso do qual abordam, sem em nenhum momento deixar seus "personagens" de lado. 


Notadamente Ghost atingiu um nível que bandas hoje tidas como clássicos do Rock demoraram a alcançar, pois desde o primeiro álbum, acima citado, já são vistos com bons olhos pela crítica especializada, barganharam muitos fans, estampam capas de revista pelo mundo todo, nada que qualquer outra não possa ter conseguido, com a ressalva de que Ghost chama a atenção de qualquer um desde suas faixas até seu dilatador anal. Claro que o marketing é o forte da banda e se, com toda a certeza, mais bandas fizessem o que eles fazem, os aclamados festivais de "Rock" que existem no Brasil e pelo mundo a fora também, não teriam que ouvir tantas queixas a respeito da presença de artistas Pop, que justiça seja feita, são quem sustentam essas grandiosidades exacerbadas das quais não possuem bandas de Rock com capacidade o bastante de vender todos os ingressos, ou quem sabe não existam tantos rockeiros assim como se pensa, apenas um grande número de não-praticantes. 

Infestissumam, álbum recém lançado em 2013 teve repercussão ainda maior que o anterior, devido ao impacto que causara, e correspondeu a todas as expectativas, quiçá até as superou, pois acrescentou muito mais técnica para as gravações e com um aspecto muito mais conceitual que o anterior ditou o ritmo de um dos concorrentes a melhor do ano.



Com dois hits já antes conhecidos, Secular Haze e Year Zero não foi difícil de se colocarem no topo. Com um vídeo oficial de Year Zero, aqueles que os seguem puderam conhecer a verdadeira face de Papa Emeritus II. O vídeo exige o login para poder ser assistido, a versão encontrada já é censurada, contudo exige o login mesmo assim.


Minhas considerações finais apenas vêm para corroborar aquilo que já está sendo dito, Ghost é, de fato, uma banda que mudou alguns ideais no que diz respeito a monotonia que estávamos habituados. Se será duradouro não sabemos, mas que seja eterno enquanto dure. Amém.

Observações:


  • Não me importa muito a questão semântica que cada banda aborda, gosto de bandas como um todo. Digo isso por não acreditar em nenhum tipo de religião, antes que me julguem como satanista;
  • Conheci por intermédio de um amigo na academia que frequentava, do qual me recomendou e foi categórico ao dizer que era o tipo de banda que eu gostava;
  • Sim, eu frequentava academia.


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