Mastodon: Muito mais do que se pode imaginar.

João C. Martins


MASTODON! MASTODON! MASTODON!



Não haveria forma melhor de começar o post de hoje se não com uma festa maneira, evidentemente a banda de hoje é MASTODON!
Ela não enquadra-se completamente nesse mundo do Stoner, pois há quem chame de MetalCore – que diga-se de passagem acho podre a nomenclatura -, outros que chamem de ProgMetal, alguns que preferem a nomear pelo bom e velho Heavy Metal e outros que... ah! Deixa isso pra lá, o que importa é que são brutais no que fazem, apesar de eu ser um pouco suspeito para falar dos caras já que sou bastante fã do trabalho que fazem. Para não fugir o protocolo aqui vai o “elenco”: Troy Sanders (Baixo e vocal), Brent Hinds (Guitarra e vocal), Bill Kelliher (Guitarra) e Brann Dailor (Bateria e vocal).



Como aqui a temática é falar de álbuns em específico já quero deixar claro que vou falar do conceitualíssimo – característica absoluta da banda – Leviathan, que me marcou por ter sido o primeiro a ouvir deles, e, perceptivelmente eu não sou nada imparcial, falo daqueles álbuns que me agradaram e que são importantes para mim, sem demagogia.
O álbum é lindo, em todos os aspectos, músicas incontestáveis, capa magnífica, pra quem tem (eu) o duplo em mãos sente até dó de tirar o encarte. É composto por dez faixas o one e mais oito o two (que nada mais é que um DVD avassalador que têm canções tanto do primeiro play chamado por Remission, veja abaixo Crusher Destroyer, outras do excelente Call of the Mastodon, que poderá ver a seguir uma delas, cujo qual considero uma das melhores, que é Battle at sea.).

A primeira faixa do primeiro álbum, lançado
em 2002. Nota mental; sou meio
 fissurado com isso.


Lançado em 2006, porém o primeiro a
ser gravado. Nota triste; é o único que
não tenho.

Prosseguindo com o álbum, ele é devastador – desculpem-me pelos adjetivos, talvez demasiados, mas essa banda merece – já havia citado antes, nessa história narrada em Leviathan, contos marinhos são abordados de forma intensa, fazendo em alguns casos você sentir a sensação de estar dentro de um navio prestes a naufragar, em meio a chuvas intermináveis e monstros marinhos, verbalizados por meio das entonações de Troy sempre guturalmente grave e Brent sempre com berros agudos, parecendo de fato um monstro.
Além de serem extremamente eficazes no que diz respeito a composições e a essa elaboração de um disco conceitual, não deixam nada a desejar quando o assunto é instrumental, todos tem desempenho acima da média com seus respectivos instrumentos, porém minha atenção especial fica com a bateria, Brann Dailor que pulveriza seus pratos, caixas e bumbos com performances eletrizantes, ainda por cima canta, inigualavelmente bem sem deixar sequer um segundo a cozinha desamparada. Ouviremos Oblivion, apenas para poder notar as três vozes que dão vida a essa grandiosa banda.


Este pertence ao ótimo Crack the Skye, lançado em
2009 sob a especulação de que a banda lançaria
apenas álbuns com temas elementares, nesse caso
seria o céu.


Aí você vai me questionar, “Por que ele falou tanto do álbum e não colocou nenhuma música dele?” e eu te responderei que não faz sentido ouvir uma aqui e outra ali, ou é do início ao fim ou nem começa. Existem aquelas que nasceram para ser singles é claro, caso de Blood and Thunder, Iron Tusk, e a que sempre me arrepia desde o primeiro acorde Hearts Alive. Obviamente não irei deixá-los de mãos a abanar e mando agora soltar o play no full álbum de 2004, que nos apresentou uma das bandas mais influentes nos dias atuais.



Observações: A banda originalmente contava com outra formação, da qual fazia parte Eric Saner (Vocal), porém não fora anteriormente citado, pois não teve participação efetiva em nenhuma das gravações como integrante da banda, exceção à demo, que pouco se têm lembrança a banda, batizada por sabe-se lá quem de 9 Song Demo.

Até mais!

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